No Paraná, 2,3 milhões não votaram para deputado federal

Porcentual de abstenções, votos nulos e brancos cresce e atinge 27,5%

Dos 8.475.632 de eleitores aptos no Paraná, 2.333.903, ou 27,5% do eleitorado, preferiram não escolher nenhum dos 632 candidatos a deputado federal no Estado, optando por votar em branco, anular ou simplesmente não comparecer às urnas para votar. O número representa um aumento de 4,7% do chamado “não voto” ou 97.416 votos a mais do que os 2.236.487 registrados há quatro anos, em 2018.

A abstenção no primeiro turno da eleição deste ano foi a maior no Paraná em vinte anos. Em 2018, 7.968.409 eleitores aptos a votar no Estado compareceram às urnas 6.616.901 eleitores, ou 83,04% do eleitorado, com 1.351.508 de eleitores ou 16,96% do total, deixando de aparecer para votar. Já em 2022, 1.651.892 não foram às urnas, 19,48%) do total, enquanto que 80,52%, ou 6.824.189 compareceram.
Além disso, na eleição para a Câmara Federal 445.946 eleitores, ou 6,55% do total anularam o voto e 238.865 eleitores ou 3,5% votaram em branco. Há quatro anos, houve 433.691 votos em branco ou 6,55% e 451.288 votos nulos ou 6,82%. Houve queda significativa de quase metade nos votos nulos.
O total de votos “desperdiçados” seria suficiente para eleger uma bancada de onze deputados federais entre 30 cadeiras ou um terço da bancada paranaense na Câmara, já que o quociente foi de cerca de 200 mil votos para a conquista de uma vaga na Casa no Estado. Essa bancada seria a maior do Estado, já que o PSD do governador Ratinho Júnior foi o que elegeu mais deputados federais, sete, no dia 3 de outubro.
Reflexo – A situação no Paraná reflete o crescimento da abstenção em todo o País. Mais de 32 milhões de eleitores não compareceram às urnas no primeiro turno, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O nível de abstenção, de 20,9%, foi o mais alto desde as eleições de 1998, quando 21,5% do eleitorado não votou.

O maior porcentual de abstenção foi registrado em 1994, quando cerca de 1 em cada 3 eleitores aptos não compareceram. A abstenção tem crescido desde 2006, quando 16,8% dos eleitores não votaram. Em 2010, o índice subiu para 18,1%. Quatro anos depois, foi para 19,4%. E nas eleições presidenciais passadas, em 2018, alcançou 20,3%. Em número de eleitores, a porcentagem desse ano representa 32 milhões de pessoas. No primeiro turno de 2018, 29,9 milhões de votantes se abstiveram do voto.
Em comparação com 2018, a abstenção aumentou em quase todos os estados. As exceções são Tocantins, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal. A maior mudança ocorreu no Acre. Em 2018 a abstenção no estado foi de 19%, enquanto agora foi de 22,3%.

Fonte: Bem Paraná

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